terça-feira, 19 de junho de 2007

Educação e o desenvolvimento moral

O desenvolvimento moral é um processo que evolui a vida inteira, embora algumas pessoas se dêem por satisfeitas com os pensamentos e ações que realizam.
Nos dias atuais a violência, a falta de respeito e o individualismo são algumas das marcas registradas entre as relações interpessoais que levantam questões sobre como andar e como transmitir dois conceitos fundamentais da boa educação e do convívio social: a moral e a ética. A democracia e o respeito aos direitos humanos avançam, porém as relações interpessoais estão cada vez mais sustentadas num individualismo e num hedonismo primário, numa busca desesperada de emoções fortes mesmo que sejam resultado da desgraça alheia.
A moral e a ética devem trabalhar em cooperação, completando-se mutuamente. A moral trata de limites, dimensão com a obrigatoriedade e o dever. A ética refere-se a projetos de vida, trata dos limites no sentido da superação, do crescimento, da busca de excelência. Estes valores são preciosos para a vida.
A criança começa a pensar nestes valores a partir dos dois anos, num período chamado de anomia; a partir dos oito, na heteronomia ela respeita a regra, mas precisa atender a uma autoridade; a partir dos onze anos, na autonomia começa a decidir a sua conduta. A relação de autoridade seja na família seja na sala de aula, deve seguir a mesma proposta. Os pais e professores são representantes do conhecimento legítimo e necessário para o pleno desenvolvimento que faz bem a nova geração.
Os princípios morais são a matriz de onde se deduz as regras a serem seguidas. São valores de onde são derivados os outros princípios. O dever é uma forma de querer; querer obedecer; querer escolher a melhor forma de se conduzir.
A criança desperta no universo moral, quando ela atenta para o dever baseado na obediência e na autoridade. Desta relação nasce o respeito. O respeito é a mistura do medo e amor. Amor pelo representante da autoridade e medo pelas perdas geradas pela desobediência. Neste medo das perdas sobressai o auto-interesse. O medo e o amor aparecem na primeira fase do desenvolvimento moral.
Para que a moral e a ética sejam exercidas, é necessário que a criança acredite que existem boas pessoas, consequentemente ela entende que vale a pena exercer as boas regras. Na autonomia ela desenvolve as relações de reciprocidade, então começa a enxergar o valor da moralidade.

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